PAROLES No princípio tudo era a idéia, o fio, a trama da teia, nascente. Um grito sem voz. A mina distante, a origem, virgem, passagem, vertigem, viagem ao centro de nós. Ali os anjos do tempo habitam sem paz.
São guardiães dos segredos que o medo nos traz.
Revirar o barro da cria, tomado em mãos vazias
Dedos de ledo artezão
Donde brotará tão secreta, bela, segura, inquieta,
a criatura canção
Contemplar tua graça e tua dança, tanta semelhança
que a imagem em mim faz
Mas dói que apenas nascida, te espalhas na vida
não me pertences mais...
--Ai meu senhor, as canções vivem soltas, se dão
aos homens, aos sonhos, ao dia,
mas não se apartam jamais de seu amo .Elas são
escravas de sua poesia
--Foges, foges a qualquer momento, nos barcos, no mar, no vento.
Num assobio te vais
--Não, não vou.Eu me reproduzo, prá viajar com os marujos
e não sair do meu cais.
--Vives em todos, ai ai magia mesmo sendo fantasia
eu penso que te perdi
--Mas choras em vão, ho meu tudo.Mesmo nos braços do mundo
pertenço ao fundo de ti
Ai, meu Senhor, as canções vivem soltas , se dão
Aos homens, aos sonhos, ao dia
Mas não se apartam, jamais
De seu Amo elas são, escravas de sua poesia
--Foges, foges a qualquer momento, nos barcos, no mar, no vento.
Num assobio te vais
--Não, não vou.Eu me reproduzo, prá viajar com os marujos
e não sair do meu cais
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